Opinião

A Economia brasileira em 2024

Por João Neutzling Jr
Economista, Bacharel em Direito, Mestre em Educação, Doutorando em Sociologia, Auditor estadual, Professor e pesquisador.
jntzjr@gmail.com

O cenário para 2024 é positivo para o país considerando os fatos deste ano que se encerra.
Em outubro de 2021 a taxa de desemprego, no anterior governo, estava em 12,1% da população economicamente ativa (PEA - aquela que está em idade de trabalhar esteja empregada ou não), enquanto vamos terminar o ano com taxa de 7,6% (dados do IBGE), o que significa o ingresso de mais de 4,4milhões de pessoas no mercado de trabalho. Esta redução no desemprego também aumenta a dimensão do mercado consumidor interno gerando efeito multiplicador de renda e mais emprego.
O índice Bovespa, principal indicador da B3, já atingiu mais de 130 pontos, maior patamar desde junho de 2021. O que denota a confiança do mercado financeiro doméstico na condução da política econômica.
O crescimento do PIB está estimado pelo IBGE em 3% este ano puxado principalmente pelo agronegócio e consumo das famílias.
O agronegócio segue pujante com PIB estimado em R$ 2,63 trilhões para este ano e com dinâmica análoga para 2024. Entre os principais produtos estão soja, carne e derivados, milho, cana-de-açúcar e celulose.
Contra fatos não há argumentos. O Brasil começou 2023 na 12ª posição de maior PIB do planeta e vai terminar o ano como a 9ª maior economia, ultrapassando Canadá e Rússia. Conforme dados do World Economic Outlook do FMI, divulgado semana passada. Sinal de que a política econômica de crescimento do atual governo está sendo eficiente.
O saldo da balança comercial (exportação menos importação) está previsto para US$ 93 bilhões este ano (previsão da Secex), o maior da história brasileira! A tendência é se manter.
O dólar está fechando o ano em R$ 4,88 uma redução de 11% em relação a janeiro de 2023. Isto implica em maior capacidade de importação do país bem como aumento no turismo emissivo.
Com a reforma tributária aprovada no congresso teremos um ambiente mais de negócios mais favorável com a adoção do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual; fim da "tributação em cascata" que onera consumidores e empresas; cobrança dos tributos no destino (onde é consumida) favorecendo a distribuição de renda em todo o País. Esta reforma ainda depende de mais de vinte leis complementares que serão votadas no congresso nacional. Salienta-se que esta reforma tributária estava sendo esperada há mais de três décadas, o que efetivamente ocorreu no atual governo.
Em 2024 haverá eleições para prefeito e vereadores. São 57.839 cargos de vereador e 5.568 cargos de prefeito e vice em todo o País. A campanha eleitoral certamente injetará muito dinheiro na economia e vai gerar oferta de emprego. O fundo partidário para 2024 é da ordem de R$1,2 bilhão. Dinheiro que será destinado aos partidos políticos e que vai aquecer a economia com geração de emprego e contratação de publicidade e outros serviços. Boa oportunidade de negócios.
A taxa Selic foi reduzida para 11,75% ao ano, o que facilita o crédito aos consumidores e financiamento para empresas em geral com custo menor. Cenário positivo.
O orçamento do governo federal para 2024 foi estimado em R$ 5,545 trilhões com meta de déficit fiscal igual a zero. E a estimativa de inflação para o próximo ano é de 3,91% ao ano. O novo salário-mínimo na LDO foi fixado em R$ 1.412,00, ou seja, um aumento de 7% em relação ao anterior.
Desejo a todos leitores um ano-novo repleto de saúde e sucesso. Feliz 2024 amigos!

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